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RESENHA - RICARDO E VÂNIA

  • Jornal Expresso Anhembi
  • 29 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

POR: ANA BEATRIZ BRITO DE FREITAS


O livro investigativo narrativo se passa nas ruas de São Paulo que relata a história de Ricardo, um artista de rua conhecido como “Fofão da Augusta”, tal apelido que não gostava de ser chamado, dizia que quem o chamava assim não o conhecia. Ricardo deixou um legado e digamos que não é qualquer legado, um legado de uma incrível figura pública de São Paulo, sendo gay, morador de rua, esquizofrênico (sim, felizmente não é uma figura pública padrão), uma pessoa com um enorme coração que todos que conheciam Ricardo sabiam o enorme coração que ele tinha, também conheciam seu talento e o seu brilho próprio, mesmo não sendo uma pessoa fácil de se lidar por causa de sua doença, como relata o livro. É impossível não se emocionar com toda sua envolvente história que o livro traz, todas as dificuldades que Ricardo teve durante sua vida, suas relações com os pais e irmãos, todo preconceito por ser gay e morador de rua, todas suas conquistas que infelizmente foi tirado dele por conta de um golpe, até mesmo Vânia (seu grande e antigo amor). Não mostra somente as dificuldades, mas também todas amizades que Ricardo fez durante sua trajetória, seu grande romance com Vânia tendo altos e baixos. Ele era amigo de muitas pessoas de São Paulo e ajudou muitas pessoas. Podemos dizer que o autor da obra, Chico Felitti, fez um excelente trabalho como profissional e como humano, sempre se importando com Ricardo. Uma parte do livro que me chamou muita atenção é quando Chico Felitti foi até o hospital onde Ricardo estava para fazer uma visita e saber do seu estado de saúde. A parte do RG também foi tão simbólica, Chico combinou com Ricardo de ir tirar a segunda via do documento, Ricardo totalmente humilde se arrumou para ficar apresentável na foto, pois ele queria voltar a ser reconhecido pela sociedade. Se não fosse pelo livro totalmente detalhado, as grandes pesquisas e as reportagens sobre Ricardo, Ricardo seria apenas um desconhecido e não o que é hoje, uma grande figura pública, alguém que você gostaria de ter conhecido e conversado, abraçado, até mesmo convidado para um café. Alguém que você nunca conheceu pessoalmente e infelizmente se passasse pela sua frente você nem ligaria, teria medo ou vergonha, mas que felizmente teve a oportunidade de conhecer sua essência pelos livros quebrando todo esse preconceito e esse padrão conservador. Infelizmente Ricardo faleceu em dezembro de 2017 mas deixou um grande legado. Agora posso dizer que conheço Ricardo como um grande conhecido, sei de sua história pois o livro me proporcionou isso. E para mim mera estudante caloura de jornalismo é uma das melhores obras de 2019, pois um livro nunca me emocionou tanto e me deixou tão curiosa e envolvente com a história.


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